quinta-feira, 8 de março de 2012

O pior dia da minha vida...


Hoje foi o pior dia da minha vida...

É muito duro quando a pessoa que amamos nos diz "não quero nada contigo. Esquece que eu existo". Foi a pior dor que alguma vez senti. Vi o mundo desaparecer à minha frente e eu só queria desaparecer também.

A minha vida foi afectada por muita coisa. O desemprego e a falta de uma rotina, dias e dias em casa, noites sem dormir... Tudo isto me atirou para uma fase depressiva da minha vida que me levou a cometer os piores erros que podia ter cometido. Graças a esses erros, a única coisa boa que a minha vida ainda tinha desapareceu. A única coisa que mantinha a minha sanidade agora faz parte do passado... E a minha sanidade também.

Não consigo falar com ninguém sem que a minha voz trema por causa de uma vontade gigante de chorar. Não consigo levantar o olhar do chão. Sinto-me completamente abandonado pelo mundo.

Implorei por ajuda, mas foi-me negada. Estou completamente sozinho no mundo mas não quero convencer-me disso. Odeio as noites, odeio os dias. Odeio a minha vida, tal como me odeio a mim. Queria que isto tudo chegasse a um fim.

Já estive mais longe disso, mas ainda há alguma covardia que preciso de ultrapassar antes de fazer o que tem que ser feito.

Tenho pensado na melhor forma de o fazer... Não quero que seja apenas indolor para mim, mas também para aqueles que me são próximos e que de uma maneira ou outra ainda querem saber de mim: a minha família.

Estou farto de sofrer e para mim, este é o fim da linha.

2 comentários:

  1. E aí companheiro. A fase não é boa. Nem a literatura é tão intensa assim. A motivação do texto pode ser real ou fictícia, mas devo interagir contigo. Se é real, digo-lhe que já passei por isso. A literatura me salvou. Os textos me salvam. Eu escrevo para sobreviver. Se for fictícia (o que não muda o que eu disse porque a ficção em mim tem sempre algo de autobiográfico) vamos construir juntos esse personagem lispectoriano. Abraço. Amanhã é sempre um outro dia.

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  2. @ Caverna: Obrigado por se interessar. Infelizmente os textos falam sobre experiencias reais e não sobre uma personagem ficticia. Também me viro muito para a escrita nestes tempos dificeis. É a forma mais fácil de despejar o que me vai na mente.

    Mais uma vez, obrigado pela preocupação e pelo comentário.

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